Seu Ramão ou contra mão
Alguns anos atrás, o seu Ramão, índio velho lá de Piratini, comprou um veículo e por lá andava meio que fazendo umas barberagens, mas já se achava pronto como motorista. Inventou de ir a Pelotas. Aquilo foi uma loucura! Todo mundo perguntava: “mas o senhor sabe dirigir? Em Pelotas lá é meio complicado prá gente dirigir!” Tentavam tirar tal façanha da cabeça do véio, mas o homem mui confiante dizia que sabia dirigir em Pelotas, que era a mesma coisa ‘tava acostumado, pois conhecia tudo, chegava a vir três vezes por ano a Pelotas, e se véio.
Foi se aproximar do centro da cidade e já foi um entrevero. Motoristas buzinavam e juntamente com os pedestres gritavam: “contra mão, ‘tais contra mão!” O velho era meio bastante surdo, entendia “seu Ramão seu Ramão!” Ele olha pro lado e diz a sua velha (que tava num cagasso que não entrava uma agulha encolhidinha contra a porta do veiculo): “viu só véia eu nem sabia que era tão conhecido em Pelotas!”
Alguns anos atrás, o seu Ramão, índio velho lá de Piratini, comprou um veículo e por lá andava meio que fazendo umas barberagens, mas já se achava pronto como motorista. Inventou de ir a Pelotas. Aquilo foi uma loucura! Todo mundo perguntava: “mas o senhor sabe dirigir? Em Pelotas lá é meio complicado prá gente dirigir!” Tentavam tirar tal façanha da cabeça do véio, mas o homem mui confiante dizia que sabia dirigir em Pelotas, que era a mesma coisa ‘tava acostumado, pois conhecia tudo, chegava a vir três vezes por ano a Pelotas, e se véio.
Foi se aproximar do centro da cidade e já foi um entrevero. Motoristas buzinavam e juntamente com os pedestres gritavam: “contra mão, ‘tais contra mão!” O velho era meio bastante surdo, entendia “seu Ramão seu Ramão!” Ele olha pro lado e diz a sua velha (que tava num cagasso que não entrava uma agulha encolhidinha contra a porta do veiculo): “viu só véia eu nem sabia que era tão conhecido em Pelotas!”
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