quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Outros Causos I (Do tempo da Guaraná com rolha)

LA VAI UMAS DE CINEMA

Nos primórdios do quarto sb distrito de PELOTAS, vila de CAPÃO DO LEÃO, devido a instalação da companhia francesa, sendo este local bastante povoado e de um nível cultural e financeiro alto, foram feitos empreendimentos, entre eles o tal Cine Guarani, entre outras passagens .
1º) Numa certa ocasião passou-se um filme daqueles só pra homem. Um tal de Belele, índio muito satisfeito sempre se salientando e na verdade querendo ser o centro das atenções, ao ver uma linda loira em trajes mínimos e um camarada com atributos consideráveis e nu tirando o resto das vestes da loira, prendeu o grito: - este é dos meus! Vejam como trabalha um belele ! Para surpresa de todos, o camarada não pestanejou se acomodou e foi beber água na fonte (caneca de couro).
O Belele saiu de fininho, mas sempre tem um pra perceber e perguntar em voz bem alta: - o que que ouve BELELE? Já vais embora não ‘tais gostando que mostrem teus hábitos ou te deu sede?!

2º) Já havia acontecido com um parceiro do belele, dizem que parente bem próximo numa certa ocasião, foram ver uma película mexicana. Lá pelo meio do filme começou a chover ,o individuo saiu em disparada de dentro do cinema, um grupo grande de curiosos saiu atrás para saber do que se tratava. Ele já estava voltando e disse não se preocupem já parou a chuva. O bagual viu a chuva no filme e correu na rua para virar os pelegos para não encharcarem, pois naquela época era assim se ia ao cinema de a cavalo de carroça.

3º)Mas não te conto a primeira vez que a mãe do Belele levou ele no cinema. Acreditem tava junto este amigo ou parente próximo na ocasião eles não tinham mais de 15 anos e naqueles tempos com esta idade ainda se saía acompanhado dos veio. Neste caso da veia, pois era uma lida meia fresca pro veio.
Tratava-se de um filme de bang-bang. Como se sabe nestes filme a coisa começa devagarinho quando de repente estoura a reboldosa. Não ficou por menos vai cauboy pra cá vai cauboy pra lá, formou-se um tiroteio do bando do Gumersindo na tentativa de matar o tal do Django. Neste momento, o Django se encontrava de costas, no caso para o público e o bando do Gumersindo atirava na direção da platéia. DE PRONTO A VEIA DÁ DE MÃO NOS GURI E GRITA: - TE AGACHA BELELE QUE AI VEM BALA! Como o tiroteio continuou, a veia saiu porta a fora gritando desesperada: - chama a policia daqui porque o tal xerife deles não tá na cidade.

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