domingo, 6 de janeiro de 2008

Outros Causos XVIII


Sete Vida

. Era domingo, dia de jogo de bola lá no Central F.C., no Instituto Agronômico. O jogo era com o São Geraldo lá do Fragata. Passagem digna de registro: era bico pra lá bico pra cá. De repente fechou o laço. Sabe o Alemão do Cinema ‘tava nessa (era guri novo nessa época), lembro que o Carne Assada que era do time visitante mandou que ele segurasse o cavalo da charrete (pois é naquele tempo se ia para o jogo de charrete). Nesta peleia eu lembro que um amigo nosso teve a barriga aberta por um talonasso de adaga, o Nego Nerso vinha tão folgado peleando e é verdade recuando pois com um pedaço de cambuim atendia a dois malevas que los carregaram de adaga. Acredite se quiser saltou de costa sem tocar o alambrado que media metro e meio mais ou menos. Ah, o Alemão quando viu o Carne Assada dar de mão num facão três listras se sumiu nas capoeiras. O mais engraçado da história foi que o Sr. Fucho deu de mão no filho o Fuchinho e se lascou em louca disparada. Quando iam descendo a ladeira ali do bueiro, o Fuchinho perdeu o calçado de um dos pés, tentou parar e disse ao pai: “perdi minha sete vida” - calçado muito usado na época (era um tipo de sapatilha). O pai responde sem parar ou deixar o filho parar: “mais vale uma vida do que sete meu filho!”.

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